domingo, 8 de maio de 2011

kinks + luzes + beach house

hm nesse dia eu parecia levemente mais patológica.

"DIA 2

O mundo se resume a interagir com outras pessoas.
Esse é o fim último de qualquer ser humano.
Se não for assim, a pessoa é vazia.
Não existe crescimento interno espiritual sem interações com o meio externo XTATIC TRUTH

13h44 - movimento tranqüilo, bem menos sol do que ontem. me sinto bem. um pouquinho de sono, talvez.

Tenho que cuidar das crianças com potinhos de yogoberry

BABY I FEEL GOOD FROM THE MOMENT I RISE

POR QUE PASSOU UMA CRIANÇA COM UMA BLUSA DO FLAMENGO? PORRA.

then we, we come and go
I don't wanna know

Isso é uma selva, sério.
O mundo é uma selva.
E nós somos todos selvagens.
Nossa com essa filosofia inédita eu merecia
2 cookies até no mccafé.

OBA! Faltou luz.
Que o meu cookie tradicional e o meu carioca mantenham-se intactos!

14h17 - o tempo vaptou vum vum vum

ouvir klaxons e vendo as luzes se acenderem, uma a uma, em seqüência: priceless".


domingo, 1 de maio de 2011

kerouac + náusea + café

Esses dias tava revendo o que eu escrevia durante o meu trabalho ingrato de janeiro, em que eu ficava cuidando de uma exposição de fotos chatíssima no iguatemi, das 13h às 19h, segunda a sábado. Minhas únicas companhias eram um Moleskine pretinho pequeno (presente de uma pessoa muito querida), uns 3 livros e algumas centenas de músicas. Alguns fragmentos interessantes:

DIA 10 - 22.01.11
"Me sinto muito fora da realidade tão improdutiva. Não é minha vida, é a dos outros, que vêm passear no shopping e olham os quadros e têm interesses e opiniões a respeito deles e querem um cartão (da exposição, diga-se de passagem). Mas é melhor do que ficar em casa, triste. Será?
Me sinto tão triste.

Fui abençoada
no nariz
pela mosquinha;
Foi rápido
e sutil
mas agora
eu enxergo.

Milhões de partículas de beleza flutuaram em volta de mim agora e fizeram com que, por um segundo e um segundo apenas, eu tivesse vontade de sorrir.
Mas elas se mandaram.

Fico me perguntando por que tantas pessoas no shopping circulando lado a lado, tocando-se por acaso e chocando-se desinteressadas são incapazes de INTERAGIR.
Eu odeio esse lugar e o que ele significa. Essa impressão de cidade artificial, esse murmúrio incessante que ecoa e ensurdece; essa hipocrisia pairando bem acima das nossas cabeças; os gritos e o silêncio; os toques, a descontração aparente, tensão por trás de tudo. Todos cansados, com as pernas doendo.
Todos vestindo-se com esmero, intuito de impressionar mais e mais, estar à altura do brilho dourado dos corrimões antigos.
Essa luz que confunde, uma mistura de lâmpadas amarelas e brancas que cega e hipnotiza e a sensação final é essa: a hipnose do irreal que satisfaz qualquer um sedento por alguma coisa".